terça-feira, 31 de março de 2015

ANO NOVO ROSACRUZ

Comemorado no dia 20 de Março, o Sol ingressa em Áries no hemisfério norte, marca o inicio da primavera, e no hemisfério sul o do outono. É uma data em que o Sol, cortando o equador celeste, determina igualdade de duração de tempo para o dia e a noite.
Nossos antepassados comemoravam a harmonia com as leis da natureza e do Cosmos, celebravam o equinócio da primavera como data do Ano Novo Solar. Os babilônicos observando as mudanças, já em 2.500 a.C, fixaram o inicio do ano, nesta época.


Mesmo o calendário romano, antes da reforma ditada por Júlio César, tinha inicio no mês de março. Este calendário, Juliano (1582) foi revisto e atualizado pelo Gregoriano, que é usado até hoje.

Na primavera, o movimento aparente do Sol é indicado como um novo nascimento. A vida se renova na Terra, as plantas, os animais, etc.....
O Cristianismo ao celebrar a Páscoa dias após o equinócio da primavera, tem por objetivo a identificação do ressurgimento do vigor da natureza com a ressureição do Mestre Jesus, o Cristo, enquanto os judeus, comemoram na mesma época a festa da colheita da cevada e a festa da liberdade dos escravos do jugo egípcio. Marca para eles uma nova era de liberdade, com inicio de nova vida.
Hoje celebramos como Rosacruzes uma antiga tradição, cultuamos a morte e a ressureição dos mitos solares Christos, Buda, Krishna, Zoroastro e festejamos, solenemente a chegada do equinócio vernal, em data aproximada com a "morte" do Mestre Jesus, o Cristo.
Que o novo Ano ajude vc na transmutação de idéias velhas em novas, em uma verdadeira metanóia, proveitosos ganhos e conhecimentos sobre o significado de sua vida, no despertar para a Sabedoria.
FELIZ ANO NOVO R+C

sábado, 21 de março de 2015

Caminhos Místicos e Esotéricos.



Conhecemos menos sobre os verdadeiros grupos esotéricos do que sobre os místicos, porque aqueles não são cerceados por juramentos secretos que os impedem de divulgar suas experiências interiores. Sigilo absoluto sobre tudo o que é dito e feito atrás dos portais da Câmara Sagrada sempre foi um dos requisitos exigidos dos candidatos à iniciação nos Mistérios. 

A natureza sigilosa das atividades desses grupos é tida como necessária para salvaguardar a humanidade da má utilização de seus segredos por indivíduos egoístas e sem a devida capacitação moral. Essa obrigação foi tão estritamente observada ao longo dos milênios que nenhuma narrativa dos verdadeiros segredos dos Mistérios jamais chegou ao conhecimento dos curiosos ou dos historiadores.

O voto não se estendia a todos os elementos de um Mistério, mas sim aos detalhes cerimoniais, às revelações feitas no templo, à interpretação esotérica do mito representado de forma dramática, às palavras de passe da fraternidade e seu significado, às fórmulas de iluminação e sabe-se lá que outros fatos de interesse oculto.

Os místicos, ao contrário, sempre sentiram a obrigação de compartilhar suas experiências com seus irmãos buscadores, de forma a confirmar que é possível a união com Deus para aqueles que seguem o árduo, mas gratificante, caminho da entrega total ao Pai Supremo até alcançarem o merecimento de receber a graça da Luz Divina.

Os membros dos grupos esotéricos podem, num certo sentido, ser considerados como místicos, porém, com uma característica toda especial, eles também se valem de uma série de rituais e outros procedimentos para facilitar e acelerar o processo de transformação interior que, com o tempo, leva à iluminação.

Esses grupos, geralmente estabelecidos por iniciados com elevados dons espirituais, utilizam a teurgia, ou seja, a energia divina direcionada por aqueles devidamente capacitados, para promover condições facilitadoras para as progressivas expansões de consciência que caracterizam o caminho espiritual.

Esses procedimentos não devem causar nenhuma surpresa ao estudioso, pois Jesus demonstrou ser um grande teurgo, usando a energia divina tanto para curar o corpo como, principalmente, a alma. Jesus era familiarizado com os grupos ocultos de sua época, pois acredita-se que ele era um essênio e recebeu instrução de seu tio o Rabbi Jehoshuah e, mais tarde, do Rabino Elhanan, renomado cabalista em sua época, sobre os mistérios da Cabala. 




Os essênios eram grandes ocultistas e buscavam, principalmente em seu centro de treinamento em Qumrã, o ideal místico de todos os séculos, a união com Deus. O mesmo deve ser dito dos grupos cabalistas, que mantiveram acesa a chama do conhecimento divino entre os judeus.

Não seria de estranhar, portanto, que Jesus ministrasse ensinamentos reservados a um grupo de discípulos mais avançados, como é mencionado na Bíblia: "Porque a vós foi dado conhecer os mistérios do Reino dos Céus" (Mt 13:11). Esse grupo de discípulos foi o núcleo do primeiro grupo esotérico da tradição cristã. Dele derivou-se, ao longo dos séculos, toda uma série de outros grupos sempre com o objetivo de perseguir a gnosis divina que levava ao prometido "Reino dos Céus."

É lógico supor-se que após a morte de Jesus esse grupo interno continuou seus trabalhos e procurou manter, com todo o zelo característico dos discípulos mais próximos do Mestre, a Tradição oculta que lhe havia sido transmitida.

Assim, as instruções secretas, rituais, sacramentos e todo o instrumental transformador ensinado por Jesus foram mantidos por seus discípulos. Como só ia acontecer, na prática de todos os grupos verdadeiramente esotéricos, seus membros comprometem-se solenemente a manter acesa a chama divina da gnosis para o benefício de todos os verdadeiros buscadores que puderem ser admitidos ao ádito sagrado.

Seria lícito perguntar, portanto, por que a Igreja nunca reconheceu oficialmente a existência de grupos que seriam os mantenedores da tradição esotérica cristã

A resposta é óbvia. O grupo que mais tarde tornou-se a Igreja Católica, consolidada no século IV, sob a égide de Constantino, não era o ramo esotérico da tradição, mas sim aquele que manteve a tradição aberta, a tradição das parábolas de Jesus ministradas aos muitos (ao público).



Entende-se, portanto, porque as autoridades eclesiásticas sempre relutaram em reconhecer a existência de uma tradição interna e, com o tempo, cada vez mais preocupadas com sua autopreservação, tornaram-se inimigas coléricas e perseguidoras dos grupos ocultistas, usando de todos os meios para neutralizá-los, desacreditá-los e destruí-los.

Os primeiros grupos internos de nossa tradição foram conhecidos como gnósticos, podendo-se destacar dentre eles os ofitas.


Esses termos, gnósticos e ofitas, tão injustamente vilipendiados pela ortodoxia merecem um esclarecimento.

Gnóstico é o buscador da gnosis, que em grego significa conhecimento, não um conhecimento meramente intelectivo, mas sim a percepção direta, intuitiva da verdade, sobre a qual Paulo fez tantas alusões em suas epístolas.

Esse conhecimento só é adquirido por aqueles que conseguem silenciar a mente e ouvir a voz silenciosa do Cristo interior, que tudo revela aos seus bem amados.

É importante lembrar que os grupos gnósticos já eram conhecidos antes do ministério de Jesus.

Ofita vem do termo grego ofis, serpente. Esses grupos não eram adoradores da serpente, como maldosamente lhes é atribuído.

A serpente sempre foi o símbolo da sabedoria em todas as grandes tradições, daí a instrução de Jesus a seus discípulos: "Sede prudente como as serpentes e sem malícia como as pombas" (Mt 10:16). A serpente sempre foi um símbolo usado para representar a sabedoria nas tradições da antigüidade. Entre os judeus, a serpente, (Gênesis 3) aparece como a primeira reveladora do conhecimento divino.

Os antigos cabalistas judeus usavam a serpente nechushtan, com sua cauda segura entre os dentes, como símbolo da sabedoria e da iniciação.

Tanto na tradição hinduísta como na budista, os grandes nagas (serpentes,em sânscrito) são representados como os instrutores primordiais. É possível que isso reflita o fato de que certos buscadores passam pela experiência interior de visualização de uma ou várias serpentes, na verdade um teste de sua coragem e determinação. Caso o buscador não se retraia com medo, é dito que a experiência prossegue com a serpente se aproximando do devoto, abrindo sua boca e, finalmente, fundindo-se com o fiel indômito. Essa visão parece ser uma espécie de iniciação que possibilita a abertura de um processo de revelação progressiva da verdadeira sabedoria ao buscador da verdade. É dito na tradição budista que, no momento da iluminação do Senhor Buda, estando em profunda meditação, uma enorme serpente aproximou-se e postou-se por trás e acima dele como que o protegendo e inspirando durante toda a experiência interior.


Portanto, os gnósticos e os ofitas cristãos, formavam os grupos de buscadores da verdade, ou sabedoria divina, fundados pelos discípulos mais chegados de Jesus.

Mais tarde esses grupos passaram a ser conhecidos por diferentes nomes dependendo de características regionais e ênfase da doutrina externa exposta.

Dentre os grupos mais ativos nos dois primeiros séculos de nossa era destacam-se os naasenos, perates, sethianos, docéticos, carpocráticos, basilidianos e valentinianos. Vale a pena mencionar que ainda hoje existem dois grupos remanescentes do movimento original no primeiro século de nossa era, conhecidos como mandeanos e drusos.




Os mandeanos, também conhecidos como discípulos de São João, praticam seus rituais de batismo por imersão em água corrente, como fazia seu fundador, João o Batista.

Atualmente, encontram-se pequenas comunidades de mandeanos na região sul do Iraque, principalmente em Basra, Amarah e Nasiriya, bem como no Irã, na província de Khuzistan, especialmente em Ahwaz e Shushtar.

A denominação dessa seita deriva-se da antiga palavra "mandeana" que significava "percepção ou conhecimento"; portanto, o termo refere-se "àquele que conhece, ou gnóstico."

A literatura existente sobre essa tradição é considerável, dado o número relativamente pequeno de seus membros. Dentre seu acervo literário destacam-se: "o Tesouro" (Ginza) e o "Grande Livro" (Sidra Rabba). Sua cosmologia é muito semelhante à dos antigos gnósticos, incluindo uma deidade suprema (Ferho) e um deus criador inferior (Ptahil). Os números sete e doze ocorrem com freqüência em sua hierarquia espiritual. O ponto alto da cosmogonia é a redenção, que ocorre com os "Mistérios" que proporcionam a "Gnosis da Vida."

A referência mais confiável que temos sobre os drusos foi escrita há pouco mais de um século por Blavatsky. Essa autoridade informa que os misteriosos drusos do Monte Líbano são descendentes dos grupos originais de gnósticos, ou ofitas.

Os drusos eram de origem copta, e caracterizavam-se por serem estudiosos e diligentes, podendo ser encontrados em pequenas comunidades em vários países do oriente médio.

Não fazem proselitismo, fogem da notoriedade, mantêm a fraternidade, na medida do possível, seja com os cristãos, seja com os muçulmanos, respeitam a religião de qualquer outra seita ou povo, mas jamais revelam seus segredos. Quanto aos não não iniciados, jamais se lhes permitiu ver os escritos sagrados, e nenhum deles tem a mais remota idéia do local onde estão escondidos.

O grupo de maior repercussão no cenário ocidental e no oriente médio foi provavelmente o dos chamados maniqueus. Isso se deve ao impacto das idéias e do trabalho de seu fundador Mani, que no século III revolucionou a vida de muitas centenas de milhares de buscadores com suas revelações.



Como não poderia deixar de ser, esse grupo foi imediatamente alvo de críticas por parte da então nascente Igreja Católica, sendo seu fundador perseguido e finalmente morto sob intensa tortura por parte das autoridades civis e religiosas, em circunstâncias que lembram o martírio do próprio Jesus.

Mani deixou uma extensa obra literária e, apesar da constante perseguição a seus seguidores ao longo dos séculos, inúmeros grupos locais foram estabelecidos em diferentes países, geralmente com nomes diferentes para tentar escapar da perseguição sistemática a que eram submetidos.

"A vitalidade dos maniqueístas permaneceu poderosa, não obstante as severas perseguições que suportaram durante o Império Romano, ateu e cristão; mas sobreviveram no Oriente e no Ocidente, tendo reaparecido com freqüência na Idade Média, em diferentes partes da Europa. O maniqueísmo ousou aquilo que os gnósticos jamais se aventuraram: entrar abertamente em conflito com a Igreja, no século V. Ademais, a autoridade civil auxiliou a religiosa na sua repressão. Os maniqueístas, onde quer que aparecessem, eram imediatamente atacados; foram condenados na Espanha no ano 380 e em Treves, em 385, por intermédio de seus representantes, os priscilianistas."

Para entender o chocante genocídio dos albigenses, devemos lembrar que a insatisfação e as críticas generalizadas sobre o estado de podridão moral da Igreja na Idade Média fez com que o papado agisse com crescente rigor, não para promover uma renovação interior, mas para perseguir todos os dissidentes e potenciais inimigos, valendo-se de sua supremacia.

O exemplo de virtude e religiosidade dos cátaros não podia ser deixado livre para florescer, pois iria certamente estimular movimentos semelhantes em outras regiões, solapando o poder da Igreja.


Portanto, o Papa Inocêncio III e seus prelados atacaram os albigenses com toda a fúria dos fanáticos que vêem seus interesses ameaçados.

A campanha contra os albigenses prenunciou um período de quinhentos anos de repressão brutal pela "Santa Inquisição" em todas as áreas de influência da Igreja, que se estendeu, mais tarde, às colônias européias nas Américas e na Ásia.

Enquanto existir uma luz na individualidade mais recôndita da natureza humana, enquanto existirem homens e mulheres que se sintam semelhantes a essa luz, sempre haverá Gnósticos no mundo.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Como vivenciar a Gnosis* dentro de seu próprio ser?


Sempre houve gnósticos, em todos os tempos. É que a Gnosis ou sabedoria divina, sempre foi e ainda é a força que pode comunicar-se diretamente com todos os seres humanos, sem necessitar de sistemas religiosos e tradições.
A palavra Gnosis vem do grego e significa “Luz do Conhecimento”.
Geralmente, pouco e raramente se sabe que tipo de conhecimento e crença os gnósticos possuem, ou que caminho espiritual seguem.
A Gnosis somente pode ser vivenciada por alguém que está em ligação direta com ela, a partir de seu coração.
No entanto, essa ligação muda de tal modo essa pessoa que, no final, ela já não é a mesma de antes.
A Gnosis não é uma estrutura complexa de ideias, embora as antigas escrituras falem uma linguagem que não se revela facilmente ao leitor.
Qualquer pessoa que tenta abordar os antigos textos gnósticos de modo unicamente intelectual dificilmente será capaz de compreender a essência de sua mensagem espiritual.
Neles, parece existir uma força, um poderoso alento que flui através das palavras, que impulsiona o leitor às profundezas de sua mente. Mas, quando ele abre seu coração, sua intuição, e quando ele tem fé, pode descobrir esse transformador “Alento de Deus”.

Um dos mais famosos textos gnósticos é O Mistério da Pistis Sophia. O título indica com muita precisão a natureza da Gnosis como a ligação entre a Fé insolúvel (Pistis, Πίστη) e a Sabedoria (Sophia, Σοφία).
A Gnosis é uma irradiação, uma Luz espiritual.
A Gnosis é o conhecimento absoluto. Ela é revelada pelo próprio Ser divino. Ela não exige nenhuma habilidade intelectual humana, nem clama por emoções, nem é uma religião.
Ela não pode ser escrita, por mais que tantos e tantos escritos sejam testemunhos dela.
Ela também não pode ser ensinada por nenhuma pessoa. O mediador é a própria Gnosis.
A Gnosis é revelada ao homem por meio de um caminho interior que não pode ser nem compreendido nem seguido com os poderes do ego.
É que a luz gnóstica toca o coração do homem, que aspira e se permite ser tocado.
É aí, no coração, que reside o núcleo espiritual desse ser: a centelha divina, o princípio imortal que repousa no interior do ser humano.
Essa centelha divina não provém do mundo mortal da criação, no qual o homem vive. Ela nasceu na eternidade, a partir da qual a Gnosis existe.

Enquanto existir uma luz na individualidade mais recôndita da natureza humana, enquanto existirem homens e mulheres que se sintam semelhantes a essa luz, sempre haverá Gnósticos no mundo.

domingo, 1 de março de 2015

Giordano Bruno (1548-1600)



Há 412 anos atrás, o livre-pensador, escritor, astrônomo e filósofo italiano Giordano Bruno, recebia da santa ignorância, o castigo de morrer na santa fogueira da inquisição.
 
Em suas considerações metafísicas, atacou todas as autoridades que se basearam em dogmas.
 
Estabeleceu que todas as maneiras de ver a vida dependem do lugar em que a pessoa se encontra no mundo, que a verdade absoluta é indescritível e que a Verdade e a Sabedoria não têm limites.


Segundo ele, o mundo é composto de elementos indissociáveis que obedecem a leis do Universo.
 
Para ele, Deus está em todas as coisas e todas as coisas estão em Deus.


Conseqüentemente, seus conceitos influenciaram inúmeros filósofos, particularmente Leibniz e Spinoza.
 
Por ter idéias heréticas, teve de deixar a Ordem dos Dominicanos, em 1576.
 
Voltando a Veneza, foi julgado por heresia e queimado vivo em 1600 em Roma, acusado de heresia, sentença esta, baseada no paradigma de uma mente coletiva que não podia suportar simples verdades, atuais como estas:
 
"O sol não gira em torno da terra,nem a terra é o centro do universo. O universo não está submetido a um destino rígido, mas se encontra em permanente evolução, seguindo uma ordem fixa, desde a eternidade.
 
O superior e o inferior estão ligados por uma só e mesma vida, que é infinita e inesgotável.


Se bem os indivíduos sejam inumeráveis, o todo é Uno e conhece resta unidade é o objetivo de toda a filosofia e toda a contemplação humana.
 
Todas as coisas que existem no universo estão dotadas de alma e vida...
 
O universo é eterno no tempo, infinito no espaço e tudo está em constante evolução. 


Em um universo assim, o espaço, o tempo, tamanho, peso, movimento, sucesso, trocas, relações e perspectivas são sempre relativos a qualquer marco de referência...
 
Nunca deve valer, como argumento, a autoridade de qualquer homem, por excelente e ilustre que seja.


É sumamente injusto pregar o próprio sentimento a uma reverência submissa aos outros; é próprio de mercenários ou escravos, e contrário à dignidade da liberdade humana, sujeitar-se e submeter-se .


É suma estupidez crer por costumes, é coisa irracional conformar-se com uma opinião por causa da quantidade de quantos a crêem. Pelo contrário, é preciso buscar sempre a razão verdadeira e necessária...
 
As estrelas, consideradas fixas, não o são em absoluto.


Já que se pudéssemos observar o movimento de cada uma delas, poderíamos ver que jamais duas estrelas conservam a mesma direção a mesma velocidade, somente as grandes distancias que nos separam delas é que não nos permite perceber as variações.


Portanto, há inúmeros sóis e um sem número de Terras que giram ao redor deles. Se aceitarmos que somente nosso planeta é habitado estaremos limitando a infinita bondade e perfeição atribuídas a Deus e as suas obras..."


Tradução do memorial:
 
"A Giordano Bruno, queimado vivo por intolerância religiosa. A comunidade democrática de Dovadola não esquece que é na harmonia da vida em comum que a liberdade de pensamento encontra seu fundamento." 1º de agosto de 1909.


"Lembra-te amiúde do proverbio ; os olhos não se fartam de
ver, nem os ouvidos de ouvir, aplica-te pois, em desviar de teu coração o amor das coisas visíveis e volta-te para as invisíveis ; pois, os que seguem os atrativos do mundo, mancham a consciência e perdem a graça de Deus." 

Imitação de Cristo

Quem busca a verdade, vive de forma diferente das massas.


Todos nós percebemos que existem algumas pessoas que são, vamos dizer, diferentes, e quando as observamos com atenção, verificamos que elas têm um comportamento, uma ética, e certos ideais de vida que são bastante diferentes das massas, quase sempre iludidas com os intricados meandros e multiplicidades do sistema.

Quem busca a verdade, vive de forma diferente das massas imersas em maya. sabe que é necessário o desapego das seduções do mundo sensorial, para a superação dos enganos criados pelo dualismo e para a conquista da verdadeira iluminação.

Por isso mesmo, as massas têm uma certa desconfiança daqueles que são diferentes. 


O homem de hoje não ultrapassou o estado autoconsciente. Sem duvida ele fez progresso no que se relaciona a civilização e ao intelecto; todavia, esse progresso diz respeito apenas ao homem exterior, a forma exterior de expressão em conformidade com as opiniões de outros homens.

Há sempre uma pressão das massas para o conformismo com as idiossincrasias deste mundo. 

Aqueles que são diferentes são tratados com desconfiança e, muitas vezes, são perseguidos. 

Foi isso que aconteceu com Mestre Jesus, o Cristo, Buda, Krishna, Zoroastro, Dionisío e com quase todas as grandes almas que procuram divulgar mensagens realmente transformadoras e não meros devaneios e especulações intelectuais ou religiosas. 

Esses reformadores são invariavelmente considerados subversivos pelo regime vigente e pelos que vivem em Maya, na atual idade de Kali Yuga e, quase sempre, são perseguidos.